segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A Sujeira Contra a Tradição Diânica

A Sujeira Contra a Tradição Diânica


Ouvi que alguns dos maliciosos e antigos mitos estão vivos. Decidi atacá-los de frente desta veste.

1. Tradição Diânica é só para lésbicas.


Este é um mito que tenta dividir as mulheres, colocando-as contra elas mesmas. Um velho golpe. No passado isso funcionava, mas não funciona mais. Orientação Sexual não é de nenhuma importância quando você está aprendendo um caminho espiritual. Mulheres são Mulheres, você ama quem você quer. Naturalmente, historicamente, quando eu revivi os Mistérios das Mulheres, havia meio a meio, mulheres gays e mulheres heterossexuais, venerando juntas. Mas desde que eu não perguntasse quem está dormindo com quem, o que pode ser um pouco fora de propósito.

2. Um círculo só de mulheres não é equilibrado.


Um mito muito estranho. Como se ter um pênis em um círculo fosse equilibrar. Ocultar esta observação é hostilizar as mulheres porque elas reivindicam seu próprio espaço. Clamar alguma coisa sem homens parece enraivecê-los e fazê-los inventarem mentiras. Mulheres foram ignoradas e suas tradições foram enterradas profundamente, mas desde os anos 70 a tradição vem sendo recuperada e isto é bastante satisfatório. As Mulheres podem relaxar psiquicamente quando estão umas com as outras, podem ser elas mesmas. Quando você coloca um homem dentro do círculo, ambos os sexos atuam de modo diferente. Nenhum dos dois se comporta de forma autêntica. Um círculo só de mulheres é perfeitamente equilibrado porque a totalidade psíquica não depende da genitália.

3. Diânicas podem criar poder, mas elas não sabem como enviá-lo.

Este mito deve vir de um homem que obviamente não teve experiência em nos observar. Diânicas são especialmente boas em enviar energia, mesmo participando de feitiços políticos quando as mulheres mais precisam de proteção. Nossos feitiços se materializam na maioria das vezes. Regularmente amaldiçoamos estupradores e assassinos em massa; os homens que foram amaldiçoados não se safaram de seus crimes.

4. Diânicas odeiam homens.


Esta é a mais poderosa acusação para dividir as mulheres. Nós todas nos espantamos quando ouvimos isso porque o que diz é que estamos odiando nossos próprios filhos. Este é o resultado da audácia das mulheres em reivindicar nosso próprio espaço para venerar nossa Deusa. Nós somos as doadoras de vida, somos as criadoras de filhos e filhas, não há ninguém na terra que não veio de nossos ventres. Como ousam ser tão inseguros a ponto de chamarem suas próprias mães disso! Os homens têm seus sacerdócios, seus papas e aiatolás, têm seus fanáticos religiosos, Osama Bin Laden, e homens-bomba, seus clubes somente para homens e seus grupos dominantes para garotos. Homens não acusam outros homens de odiarem mulheres, mas deveriam. É uma estranha e enganosa proteção para as mulheres, na verdade. Para nos menosprezar, nos chamam de certos nomes apenas porque queremos venerar sem homens, é absurdo.


Z Budapest

(Traduzido por Aphrodisiastes)

Tradição Wicca Diânica para Bruxas Feministas que Veneram a Deusa (por Z Budapest)

Tradição Wicca Diânica para Bruxas Feministas que Veneram a Deusa (por Z Budapest)
Esta é uma tradição somente para mulheres. Praticamos os Mistérios das Mulheres. Celebramos as estações da vida e nosso lugar no círculo do renascimento.

Esta tendência de veneração, mulheres juntas em oração, está presente em todas as tradições étnicas. Os Mistérios Espirituais das Mulheres é a essência da comunidade, onde mulheres cuidam de questões importantes, abençoam as crianças e a casa, providenciam proteção psíquica contra coisas ruins, mesmo fazer chover se houvesse uma seca.

Esta atividade somente das mulheres criou uma rica cultura de bordado, arte de cozinhar e assar, festejar e dançar.Entendemos a Deusa como um Fluxo circular/Origem de toda a vida. Vemos o masculino e o feminino unidos na Mãe que pode criar iguais a Ela (filhas) e diferentes Dela (filhos). Ela é a Árvore da Vida.

Por essa razão em seus olhos todas as criaturas vivas partilham Sua essência divina. Ela é o começo e Ela é o fim. Além da Mãe Natureza há mais natureza. Ela é perpétua e auto-gerada.

O círculo dentro do círculo, Seu símbolo é a espiral assim como nosso DNA, tudo vem Dela e tudo a ela retorna, no final. Em outras palavras, nós concordamos com o novo cientista que vê o universo como uma imensa entidade reciclável, tudo que nós vemos fora há, também, dentro de nós, nós somos feitos da mesma matéria que as estrelas.

Somos as crianças das estrelas, raras, complexas e belas.

Como diz minha canção, que é bem conhecida no mundo todo:

“Nós viemos da Deusa
E a ela retornaremos
Como uma gota de chuva
Fluindo para o oceano.”

A Deidade

Nós honramos o Princípio Feminino do Universo de dez mil nomes. Isto é muito importante. É onde somos diferentes das demais tradições e religiões. Muitas das religiões têm um tipo de panteão com um nome importante ou um código para a deidade. Nós, como mulheres, não somos obrigadas a esse modo rígido.

Cada cultura tem dado à Deusa um nome com suas próprias imaginações, e isto continua a acontecer sempre.

Porém, nós somos humanos e precisamos quebrar este conceito em aspectos com os quais possamos nos conectar. Desde que entendemos a Mãe Natureza como Deus, Suas estações, sua natureza, todos os merecidos e diferentes aspectos se completam com nomes e características, refletindo nossa aventura terrena do berço até a sepultura.

Os aspectos frequentemente mais invocados são: a Deusa Donzela: Diana – Ártemis – Luna – Atena... a Deusa Rainha Mãe: Hera – Juna – Minerva – Nu Qua – Kwan Yin... a Anciã: Hecate – Magera – Kali – Innanna.

O que é UMA BRUXA DIÂNICA?

Uma mulher que venera a Deusa em suas muitas faces. Diânicas não têm que ser leais a apenas um aspecto da Deusa, você pode se conectar a quaisquer deles, a qualquer hora.

Você pode pesquisar e encontrar aspectos do Princípio Feminino do Universo que nós nunca ouvimos antes. No final, vemos todos os aspectos da Deusa como um só. Diânicas não são inseguras se você atende alguma igreja patriarcal, se você venera quaisquer outros deuses, mesmo deuses masculinos, pois a prática pessoal delas é a Deusa e somente para mulheres.

É importante que as mulheres tenham alguma coisa só delas, sua própria espiritualidade, sua própria cultura, seu valioso self interior. A Tradição Diânica promove a força nas mulheres e uma visão delas mesmas como divinas e completas/seres humanos inteiros.

Z Budapest

(Traduzido por Aphrodisiastes)

Manifesto Susan B. Anthony Coven Número Um

Manifesto Susan B. Anthony Coven Número 1


Por Z. Budapest (Escrito na Primavera de 1971)

(Traduzido por Aphrodisiastes)

Nós acreditamos que bruxas feministas são mulheres que buscam dentro de si mesmas pelo princípio feminino do universo e que se relatam como filhas da Criadora.

Nós acreditamos que, assim como é tempo de lutar pelo controle de nossos corpos, também é tempo de lutar por nossas encantadoras almas femininas.

Nós acreditamos que, para lutar e vencer uma revolução que perdurará por gerações futuras, nós devemos encontrar meios confiáveis para repor nossas energias. Acreditamos que sem uma base segura na força espiritual das mulheres, não haverá vitória para nós.

Nós acreditamos que somos parte de uma consciência universal mutável que tem sido temida e profetizada pelos patriarcas.

Nós acreditamos que a consciência na Deusa forneceu à humanidade um período pacífico, duradouro e útil durante o qual a Terra era tratada como Mãe e as mulheres eram tratadas como Suas sacerdotisas.

Nós acreditamos que as mulheres perderam a supremacia por meio das agressões dos homens que haviam sido banidos do matriarcado e formaram as hordas patriarcais responsáveis pela invenção do estupro e pela subjugação das mulheres.

Nós acreditamos que o controle feminino do princípio da morte permite a evolução humana.

Nós nos comprometemos a viver uma vida afetuosa, individualmente e com nossas irmãs. Nós nos comprometemos com a alegria, o amor próprio e a afirmação da vida.

Nós nos comprometemos a vencer, sobreviver e lutar contra a opressão patriarcal.

Nós nos comprometemos a defender nossos interesses e aqueles de nossas irmãs por meio do conhecimento da bruxaria: abençoar, amaldiçoar, curar e amarrar por meio do poder enraizado na sabedoria feminina.

Nós nos opomos a atacar o inocente.

Nós estamos igualmente comprometidas com soluções políticas, públicas e pessoais.

Nós nos comprometemos a ensinar as mulheres a se organizarem como bruxas e a compartilharem nossa tradição com as demais.

Nós nos opomos a ensinar nossa magia e nossa arte aos homens até que a igualdade dos sexos seja uma realidade.

Nossa meta imediata é congregar umas com as outras de acordo com nossas antigas leis femininas, e lembrar nosso passado, renovar nossos poderes e afirmar nossa Deusa de Dez Mil Nomes.